Ave do meu deserto
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Toque-me como antes, toque-me, toque-me,
venha com o fogo, venha ao meu foqo,
aos cantos ciganos dos desertos, deite-me
nas areias dolentes do povo sem jugo;
venha, desnude a aurora como antes,
rompa o lacre, o castiço e meus grilhões,
sucumba ao meu ventre em sua dança,
aos sete véus que despi nos clarões
das luas, das fantasias, na tua lança;
não esqueça o tempo, o antes-futuro,
os caminhos percorridos nas loas e amores
do meu corpo entregue ao teu duro
mesmo nos trilhares de tantas dores.
Toque-me. Venha. Finque. Satisfaça.
Você que sabe o que tanto me consome,
que comigo viveu o que a vida traça,
que agüentou meu desatino e minha fome.
Você, você, homem dos meus dias e da lavra
que vive a insanidade do que não me some,
que sabe o valor que tem minha palavra
- que sabe, de mim, muito mais que o nome -
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