O PISAR NA COBRA
Pisei no lombo da cobra,
Ela fingiu, não ligou,
Mas quando me descuidei,
Forte ela me laçou.
Foi um laçar confortável,
Senti o respiro ou fungar,
Parecendo com gemidos,
De quem estava a gostar.
Mole como um coxim,
Mexia-se sem parar,
Fingia que me apertava,
Mas nada de judiar.
Ela era muito jovem,
Porém um pouco carente,
Dentes finos afiados,
Mas nada de me tocar.
Vi que não corria perigo
Deixei a cobra rolar
Mais para o meu desconforto,
Ela queria era me beijar.
Com jeito eu me soltei,
Não foi difícil pra mim,
Mas nunca mais esqueci
De o seu termo me olhar.