Verdes primaveris
Do ciano e do amarelo
Vem a cor dos olhos teus
Vermelho dos reis; dispenso
Magenta é a luz de Deus
Sensível que aflora
Nas paisagens, nas passagens
De outras noites, de outrora
Tantas cores nas flores, e formas
Primeira inspiração profunda
De bebê que se vê nascer
Inspira a vida a se refazer
Germina frágil semente
Evapora em alvas nuvens
Desenhos de sonhos no céu
Perfumes que o vento traz
Temperos que a terra faz
Abelhas colhendo mel
Meus dedos escorregando
Pelos pelos do teu braço
Minha mão repousa na tua
Num abraço.