Vilão
És a minha fuga predileta.
A dose de loucura que me permito nos intervalos de minha constante lucidez.
A personificação de tudo que sempre fugi e acabo por tanto querer.
A maçã envenenada que ousei morder, e no fim, devorei-a por inteiro.
O vilão que me salva da monotonia da vida cotidiana.
Que com seu olhar me aprisiona, dobrando meu próprio querer, me fazendo refém de sua volátil vontade.
Que me inspira, intriga, aborrece e é tão livre quanto meu.