O poema salta pela noite
como o gato pelo muro.
Os versos, meu escudo.
Seus lábios, tal desejo.
E esse meu lado impuro!

A madrugada esparrama
todos os orgasmos.
Por abajures acesos
e sombras que dançam.
Chuveiros a escoarem 
prazeres, que não escuto.


                         11/09/18