EU
Eu chorei rios
E sorri mares,
Com o peito carregado de dor
Eu batalhei com todo pudor.
Entre afetos e desafetos
Eu encontrei amor,
Eu fui amor,
Fui raiva e indecência,
Sentimentos em turbulências.
Mas, quem nunca foi?
É medo de lá, outros de cá,
Até aprender ser como flor,
Desabrochar sem opinião consentida.
Sem medo de que na ida possa ter um olhar com uma crítica:
-você deveria ser mais bonita!
Mas que calúnia,
Quanta amargura!
É irônico o argumento de quem te vê só por um momento.
Mas sem nada de "quem me derá"
Eu sigo sorrindo toda coberta
De que a vida me espera.
E se necessário for
Vou ser verbo recomeçar
E dessa vez sem medo de errar, mas também não me precipitar.