O que nasce do (nosso) caos
Preciso de você pra gerar o caos aqui
Pra desorganizar tudo
Pra bagunçar tudo
Pra me deixar em dúvida com relação ao que sou...
Preciso de você porque preciso dessa bagunça
Preciso dela pra poesia surgir
Preciso pisar na gelatina, dançar nela
Me afundar na areia
Ir junto pra água com o castelo...
Preciso ficar descabelada, confusa
Em erupção, borbulhando
Me perdendo, me achando
Me confundindo, me reconectando...
Preciso ter dúvidas, não ter respostas
Preciso, porém, perguntar
E que nada fique no lugar
Que nada venha me prender, ou me cercar...
Que chegue sem ter que ficar
Que vá sem ter que partir
Porque se disso tudo a arte fluir
A essência se despir
Já valeu a pena...