O algoz.
O tempo passa e as medicinas vão perdendo o efeito.
O braço direito dói e nada faz sentido.
O imaculado era o mais sujo
E os que tinham tantas certezas, estão confusos.
Os ídolos aos poucos vão se quebrando.
E de tanta poeira que levanta, não sobra nada nos escombros.
Repentinamente, tudo cai sobre as cabeças.
Descobriram que no fim do túnel havia um abismo.
Não sabem se devem voltar atrás.
Sem saber que depois, talvez não possam mais.
Tão claro como a luz de uma lanterna na face.
Tão claro que tudo ficará sombrio.
Não há mais heróis, nem salvador
Há tão somente um algoz.
Mesmo que sua mão esteja queimando
Você ainda pode voltar atrás.