Sou mesmo!
Sou mesmo!
Sou flor
de um jardim que não se rejeita
e que qualquer boca beija
e qualquer fome come.
Sou a água desejada
a matar mil sedes
entre as surpresas da fome
e os sonos das madrugadas.
Navego insone entre pesadelos,
comparo sem qualquer dinheiro
os malassombros enfeitados
alinhados aos desejos.
Planto, rego e colho
quando quero sentir medo
de mim,
desacordado...