06:08
é na manhã que encontro minha paz
seja após uma madrugada acordada
de erotismos alcoólicos ou sonhos
sem as dores que me carregam ao bar.
a brisa que avisa a saída do pão,
a água quente tocando o pó de café,
e há um resquício de solidão
na língua
antes do sol afastar
o frio que sobrou.
vejo a névoa se desfazendo
como dois amantes em sua
última dança,
mas a vida já está acordada
romantizando as perdas
bem antes destes versos.
ele precisa ir embora,
ela mora num bairro perigoso.
e eu volto para cama
com a alma desperta
ouvindo gracejos e carros passando
e pássaros cantando.
apago a luz em meu momento
de solidão
pensando no que irei fazer
depois que o relógio marcar
dez horas.
é na manhã que encontro minha paz
seja após uma madrugada acordada
de erotismos alcoólicos ou sonhos
sem as dores que me carregam ao bar.
a brisa que avisa a saída do pão,
a água quente tocando o pó de café,
e há um resquício de solidão
na língua
antes do sol afastar
o frio que sobrou.
vejo a névoa se desfazendo
como dois amantes em sua
última dança,
mas a vida já está acordada
romantizando as perdas
bem antes destes versos.
ele precisa ir embora,
ela mora num bairro perigoso.
e eu volto para cama
com a alma desperta
ouvindo gracejos e carros passando
e pássaros cantando.
apago a luz em meu momento
de solidão
pensando no que irei fazer
depois que o relógio marcar
dez horas.