Bolha de sabão
O eu-nascer que insta à noite
Prima por ser doutro dia
As marcas doces do açoite
De quem foi presa e fugia...
O eu-crescer que urge agora
Rima com a solidão
O seu versar foi embora
Na hora que eu disse não
O eu-viver que arde [ardia?]
É verso ardil noutra esquina
Um poema fez [ou poesia?]
Pra flor que deu-lhe a menina
O eu-morrer foi o fim
Da triste história então
O amor, as vezes, é assim
Uma bolha de sabão...