EU SÓ QUERIA ENTENDER A PAIXÃO.

Procuro sempre estar entregue a minha sensatez, talvez, seja pela vontade de enovelar a minha veleidade, essa realidade que me desdenha pela minha timidez, para alcançar toda a verdade, em uma ponte que desponte para alcançar o prana, completamente corrente de uma sanidade que nos emana. Quero seguir a origem do teu beijo para ter um tempo para pensar, a fim de elaborar o que vem depois quando eu te encontrar.

E de repente as lembranças começam a surgir, sem emitir alarde, mas, com a vontade de buscar sorrisos e abraços esteja onde estiver, pelo simples prazer de te ver, e saber que a tua voz não pode emudecer. E pensar que tudo pode ser diferente, e rapidamente lembrar-me-ei de histórias de reflexão, de um lugar dentro do coração, de uma dimensão confusa, que é o mesmo que não saber entender a paixão.

Eu quero te entronizar num palácio ou num castelo, com um belo manto dourado, marcado de ouro e prata, e adornado em uma cascata, em uma noite de serenata, quero ver nos teus olhos a minha presença, sem pedir licença para transmitir o brilho da minha esperança. Eu preciso intuir os teus atos, me distrair com os fatos, em um exato instante premente, e delicadamente pousar minha mão pelo teu semblante, nesse instante que me fez aflorar a tua doce lembrança.