ESCURIDÃO DA MINHA JANELA

Aquele caminho que a gente sabe onde vai dar...

Vai parar no seu nome!

Seu nome, que escrevo mentalmente milhões de vezes

No meu quadro branco.

Ele ilumina o fim da tarde.

A tarde ainda traz seu cheiro,

Frescor em doses embriagadoras.

E embriagar-se de você é perigoso,

Porque as pedras de gelo não se dissolvem na taça.

Já escapei desta prisão que é você, centenas de vezes.

Mas sempre há a última, derradeira,

Porque há sempre quem substitui uma prisioneira.

Ainda bem!

Agora?

Agora o sol vai brilhar na minha janela.

E há quem ficará sem uma bela vista. Escuridão se mudou.

Você mudou.

Eu mudei!

Nileide Regina (Nila)
Enviado por Nileide Regina (Nila) em 10/10/2018
Reeditado em 17/10/2018
Código do texto: T6472316
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