ESCURIDÃO DA MINHA JANELA
Aquele caminho que a gente sabe onde vai dar...
Vai parar no seu nome!
Seu nome, que escrevo mentalmente milhões de vezes
No meu quadro branco.
Ele ilumina o fim da tarde.
A tarde ainda traz seu cheiro,
Frescor em doses embriagadoras.
E embriagar-se de você é perigoso,
Porque as pedras de gelo não se dissolvem na taça.
Já escapei desta prisão que é você, centenas de vezes.
Mas sempre há a última, derradeira,
Porque há sempre quem substitui uma prisioneira.
Ainda bem!
Agora?
Agora o sol vai brilhar na minha janela.
E há quem ficará sem uma bela vista. Escuridão se mudou.
Você mudou.
Eu mudei!