Rio que separa
Há sempre um rio que separa nosso amor
Há sempre algo que corta o elo
Há sempre uma travessia sem ponte
Há sempre um prego sem martelo
Há sempre uma multidão que nos afasta
Há sempre um sol que castiga
Há sempre chuva que esfria
Há sempre um fim sem briga
Há sempre um bloco invisível de concreto
Há sempre uma fumaça que escurece
Há sempre um vão intransponível
Há sempre um suspiro que padece