bombas em queda livre ao nascer do sol

eles me pedem para deixar de falar sobre
o amor
mas como eu vou fazer isso?
sou uma criança ouvindo sua música
favorita
pela
primeira vez, quando se trata
do sentimento, eu não sei.
minha boca não conheceu tantos
advérbios de intensidade
pra eu falar quantas vezes
eu gostaria de me esfregar
no suor
da mulher que vaga nestes versos
esta noite,
o que me interrompe são as fantasias
e as lembranças de meu último verão.
quem me dera ainda fosse outono,
quem me dera tê-la em meus braços
como as folhas
tiveram o chão
ao caírem pela
primeira e última
vez.
fomos feitos de olhos fechados,
alterados
pela necessidade que gritava medos
irracionais; pela necessidade que gritava
medos
caindo do céu
igual aqueles que nossos avós se
preocupavam em ver, em sentir.
nossa juventude se perde a cada adeus;
acreditando
amadurecer.
que desperdício, se negar aos
sentimentos
mais uma vez.
e mais uma vez
seguimos com um trompete tocando
nossos sonhos.
assim é mais bonito, vamos concordar.
Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 04/10/2018
Código do texto: T6467674
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.