O níquel de seu amor
Era suficiente
para minha pobreza extrema.
Um simples olhar seu, imantava-me.
Como se fosse o raio do sol.
Ou a lua com todas as estrelas.
E, ao ouvir seus passos e
perceber sua presença
o horizonte se abria como
o mar vermelho para Moisés
Em seus braços
todos os medos desapareciam,
todos as tristezas desintegravam
E, dançávamos no salão
a rodopiar impunemente
sem perceber que o tempo
e, a plateia nos notava.
E, nem sei, se nos censurava.
Todos eram cenário.
E, nós os protagonistas.
Um níquel de seu amor
Era todo meu tesouro
Fechado por uma cumplicidade
homicida.
Matávamos nossas carências.
Matávamos nossa solidão.
Um níquel de seu amor
tilintava no blues
que ouvia...
a voz rouca,
os fonemas sedutores
e, os corpos
em incêndio recíproco
e consensual.
Depois, o níquel enferrujou.
Azinhavre.
O horizonte se estreitou
e, deitou-se espremido
da janela do tempo.
Envelheceu sem sabedoria.
Não havia sussurros.
Só gritos e agonia.
Seu ciúme enlouquecido
A gritar por insanidade.
E a premente necessidade
de possuir bem maior
do que simplesmente amar.
Fui até a fonte.
Realizei em segredo um pedido.
Diante da água de minhas lágrimas
e das águas que escorria da montanha.
Prometi não sofrer mais.
Abandonei aquele amor.
Enterrei meu tesouro
no mais profundo silêncio
Em terras profanas.
Sinto saudade
daquele níquel.
E, do blues a gemer
dores de pertencimento
e despertencimento.
Era suficiente
para minha pobreza extrema.
Um simples olhar seu, imantava-me.
Como se fosse o raio do sol.
Ou a lua com todas as estrelas.
E, ao ouvir seus passos e
perceber sua presença
o horizonte se abria como
o mar vermelho para Moisés
Em seus braços
todos os medos desapareciam,
todos as tristezas desintegravam
E, dançávamos no salão
a rodopiar impunemente
sem perceber que o tempo
e, a plateia nos notava.
E, nem sei, se nos censurava.
Todos eram cenário.
E, nós os protagonistas.
Um níquel de seu amor
Era todo meu tesouro
Fechado por uma cumplicidade
homicida.
Matávamos nossas carências.
Matávamos nossa solidão.
Um níquel de seu amor
tilintava no blues
que ouvia...
a voz rouca,
os fonemas sedutores
e, os corpos
em incêndio recíproco
e consensual.
Depois, o níquel enferrujou.
Azinhavre.
O horizonte se estreitou
e, deitou-se espremido
da janela do tempo.
Envelheceu sem sabedoria.
Não havia sussurros.
Só gritos e agonia.
Seu ciúme enlouquecido
A gritar por insanidade.
E a premente necessidade
de possuir bem maior
do que simplesmente amar.
Fui até a fonte.
Realizei em segredo um pedido.
Diante da água de minhas lágrimas
e das águas que escorria da montanha.
Prometi não sofrer mais.
Abandonei aquele amor.
Enterrei meu tesouro
no mais profundo silêncio
Em terras profanas.
Sinto saudade
daquele níquel.
E, do blues a gemer
dores de pertencimento
e despertencimento.