O corvo peregrino e o sabiá branco
Da camada mais escura do universo estrelado,
O corvo segue um fio de tecido iluminado,
Voando pela incerteza de um sentimento inesperado,
Sentimento nunca esquecido, apenas relembrado,
Ele segue um sabiá perdido em pensamentos,
Segue para manter seus maravilhosos juramentos,
O tabu dentre fatos e acontecimentos,
Trazendo à tona seus ideais ciumentos,
Cantarola e pia, criando sinfonia em sua mentalidade,
Batendo asas, passando por todas as eternidades,
Pássaros livres em procuras de verdades,
Filhos apenados por serem beldades,
O corvo voa mas se afoga nas próprias maldições,
Virou o prisioneiro dessas infinitas menções,
Cada sonido era uma das mais belas canções,
Voando tranquilo em meio de tantos furacões,
Esse é o caminho que decidira seguir com tal encontro astral,
Havia o passado da morte se tornado um amante sentimental,
Estaria ele preso em um romance unilateral?,
Ou seria respondido por uma gorjeada matinal?,
Ele se afoga em sentimentos amedrontados,
Com medo de ter seus sentimentos esmagados,
Voando para trás com seus medos conturbados,
Tendo medo de nunca terem sido ligados,
Seus olhos se encontram com a bela ave esbranquiçada,
Ele queria que ela fosse a sua amada,
Que voltasse a tal mão com uma perna acorrentada,
Ele a quer para sempre em sua jornada,
Porém corvos não sabem compor músicas e nem cantar,
Ele tem medo dela não o querer junto em um lar,
De não ser o merecedor desse cantarolar,
Tem medo dela não o querer amar,
Por isso o universo é vasto e cheio de casualidade,
Ele nunca deixará de ser um amante covarde,
Amante de uma cantora com amor de verdade,
O corvo cerúleo esperará por toda a eternidade.