Um coração eterno

Que em ti vens abraçar-me intensamente

Como um anjo do peito, ainda me adoras...

Co'os nenúfares vastos que me coras,

Tu és um anjo silente.

Doce, ruiva e querida que eu sempre amo,

Teus cabelos mais curtos, que em bela alma

À imensa forma de bater a palma,

És uma paixão que eu chamo.

Vais arranhar-me co'uma sedução...

É como um vil desejo à índole louca,

Numa ânsia de tocar a tua boca,

Ó meu grande coração!

Carnalmente, que ao gosto perfumoso;

Dou o abraço sensual em ti ao riso,

Onde vens adorar o meu sorriso

Ao prazer maravilhoso.

Dá a voluptuosidade dos teus lábios,

Pois bem carnudos co'a beleza pura

E até rubros vermelhos, ninguém jura

Uns versos sensuais e sábios.

Trago-te a flor vermelha em que assim a amas,

É igual ao Boticário em doce planta

E ao jardim mais florido quando encanta,

É o coração que me chamas.

Faz-me do anelo às nossas mãos unidas,

Bem seguradas ao carinho intenso,

É assim que eu sei sobre a atitude e penso...

Co'umas malícias lambidas.

Sinto o teu coração ainda pulsante

Dum som fenomenal que eu te arrepio...

Só o teu olhar no meu entre o assobio,

Depois que eu sempre te cante.

Teu corpo volutuoso, ardente e intenso...

Como uma chama à formosura absurda,

Co'a tua voz carnal e menos surda,

Que hás de me ouvir, não dispenso...

Tens mais maciez entre os teus olhos, vês...

Podes ver-me co'o olhar encantado ao ar,

Há o impudor elevado em que é um arfar,

Amas o meu poema e lês.

Para mim, és maravilhosa e amada

Como uma musa celestial que eu sinto

Deixa eu te acariciar mais que não minto...

Tu, perfumosa e adorada.

Lucas Munhoz - (03/09/2018)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 27/09/2018
Reeditado em 27/09/2018
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