À ESPERA DE QUEM SE AMA
Há um pingo de loucura,
No vital curso do tempo
(oh, quanto ele em tal grau s'estende!
Sejam segundos, sejam horas, sejam até mesmo... anos
Mas, não importa
Nesse laço que nos enlaça,
...e destarte nos aproxima na distância que não nos distancia
E, portanto não desata
Todavia, oh, quanto devora aquel’ânsia de estar junto a quem se ama
Quanto à vista disto a devora!
Junta... une... comunga...
E o meu riso " cola" no seu...
Oh, impossível separá-los
E para quê assim o faria?
Do coração a que não s’emudece pelo que alma grita em seu desejo
A ponto de conseguir 'ouvir'... os gemidos
De quem parece estar tão longe!
(porém, apenas parece)
Insano?
Sim, quem sabe?
Ou não seríamos, pois sombras que se contemplam
...na imagem de nossas memórias?
Fora desse plano... meus olhos não alcançam...
Ai, quanta austeridade o assim o ser!
E exaustos nos encontramos nest’instante
Por procuramos um ao outro, a que todavia não nos achamos
Sublime... amor?
Ao que se parece!
Supostamente
Ah, felicidade mora aonde eu quero...
É bem fato
A habitar nas simplicidade das pequenininhas coisas...
E não é que é verdade?
Mas também nas lembranças de quem se ama
Quando agora não s'encontra
E de quem tanto esperamos...