Porto

Teus poemas, ainda que a mim
não se destinem
acompanham-me pelos dias
Dentre tanta orgia
meu olhar te vigia
pois é muito, muito mais!
Cada beijo teu tenho roubado
feito menino desajeitado
vou pra um canto saborear
Tenho cultivado um jardim de carinhos
que de toque em toque me satisfaz
Brigas? Não as quero jamais!
Busco em ti uma doce paz
Através do ar que me vem
sinto teus braços me cercando
o beijo roubado me acariciando
pois há muito venho te observando
Nesse meu procurar incessante
quero teu querer inconstante
Eu, que já fui tempestade,
hoje me faço parada de navegantes