quando eu penso sobre escrever
Hemingway escrevia em pé,
isso mesmo.
batia nas teclas de sua máquina,
todas as suas ideias, tudo o que
teve pra falar, em pé.
o trabalho do escritor deve ser tão
sofrido quanto o de um operário.
o escritor precisa sofrer
tanto quanto sua máquina de escrever.
Bukowski escreveu um poema sobre
inspiração, e eu digo que este é o meu
favorito.
se você tiver que produzir, você vai.
não importa qualquer problema que
esteja enfrentando,
qualquer dor te incomodando,
qualquer buraco sangrando.
na hora certa, você vai.
e eu penso muito a respeito disso.
não porque eu tenha me desgastado
muito fisicamente nesses 24 anos de vida
que hoje carrego nas costas, e talvez nem
mentalmente eu tenha o necessário pro
psiquiatra não me aceitar, porque de fato
nós conversamos como se ele me conhecesse
melhor do que eu mesmo,
mas acontece que meus versos, prosas,
às vezes me olham como se eu não fosse
o suficiente
a minha mera existência.
dão risadas quando encaro, é engraçado, devo
admitir. é engraçado, como ainda moço eu
carrego um peso emocional, uma bagagem,
que me deixa parecendo velho sempre
que nego algum convite pra explorar o
que mais há aqui dentro. e no final da tarde,
nenhum predicado foi produzido.
nenhum verbo foi construído, nenhum adjetivo
atribuído a qualquer substantivo
tampouco escrito.
e eu sigo firme nessa onda
de escrever o mesmo assunto,
entretanto.
de escrever a mesma história,
de escrever a mesma interrupção.
Scott Fitzgerald, por outro lado, disse que assim
é o escritor.
a mesma história, e diferentes formas de
contá-la.
e eu sigo firme
nessas palavras
tão acolhedoras.
Hemingway escrevia em pé,
isso mesmo.
batia nas teclas de sua máquina,
todas as suas ideias, tudo o que
teve pra falar, em pé.
o trabalho do escritor deve ser tão
sofrido quanto o de um operário.
o escritor precisa sofrer
tanto quanto sua máquina de escrever.
Bukowski escreveu um poema sobre
inspiração, e eu digo que este é o meu
favorito.
se você tiver que produzir, você vai.
não importa qualquer problema que
esteja enfrentando,
qualquer dor te incomodando,
qualquer buraco sangrando.
na hora certa, você vai.
e eu penso muito a respeito disso.
não porque eu tenha me desgastado
muito fisicamente nesses 24 anos de vida
que hoje carrego nas costas, e talvez nem
mentalmente eu tenha o necessário pro
psiquiatra não me aceitar, porque de fato
nós conversamos como se ele me conhecesse
melhor do que eu mesmo,
mas acontece que meus versos, prosas,
às vezes me olham como se eu não fosse
o suficiente
a minha mera existência.
dão risadas quando encaro, é engraçado, devo
admitir. é engraçado, como ainda moço eu
carrego um peso emocional, uma bagagem,
que me deixa parecendo velho sempre
que nego algum convite pra explorar o
que mais há aqui dentro. e no final da tarde,
nenhum predicado foi produzido.
nenhum verbo foi construído, nenhum adjetivo
atribuído a qualquer substantivo
tampouco escrito.
e eu sigo firme nessa onda
de escrever o mesmo assunto,
entretanto.
de escrever a mesma história,
de escrever a mesma interrupção.
Scott Fitzgerald, por outro lado, disse que assim
é o escritor.
a mesma história, e diferentes formas de
contá-la.
e eu sigo firme
nessas palavras
tão acolhedoras.