COMO PANDORGAS AO VENTO

Que saudade minha de casa

Sou pássaro que bate a asa

E voa de jardim em jardim

Como pandorgas ao vento

E perco-me ao passar do tempo

No grande vôo que não tem fim

Sou palmeira que não dá frutos

Eu sou dos campos enxutos

E dos fogos ardentes na serra

Sou do tormento em alto mar

O santo sério dentro do altar

Sou o fuzil aposentado da guerra

Eu sou a toca da raposa

Sou o ciúme da esposa

Do marido com a amante

Eu sou a menina da escola

Sou o tornado que assola

O navio no mar flutuante!

Escrito as 15:37 hrs., de 20/09/2018 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 20/09/2018
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