Alguns trocados, um vinil e um soneto
Assim que lhe vi decidi
Porei em teu dedo um cinturão de asteroides
Quero me ater ao sucesso de cada sentimento
E ainda que tu não me ouça
Farei jus ao encanto que me rendeu por dentro
Eu, falso e atingido pelo maior mal do homem
Não, esta não é uma poesia de amor comum
Poetas simpatizam com o acaso
Não sou poeta e nem acredito no acaso
Acredito no traçado, e "porquê eu?", não sei
E em todos possíveis traçados tua mão estaria na minha
Nas possíveis estradas nossos caminhos se cruzariam
Wall-E e EVA, o mais improvável e ainda assim vivos
Quando não cabe mais na carcaça de liga metálica
Ele explode de dentro pra fora, amor emergido
Eu vi, teu corpo pixado, me dizia alguns nomes
E teu coração pixado, escrito "no more"
Não será cinza a cor do fim
Mas se você quiser eu tenho
Alguns trocados, um vinil e um soneto