A moça mais feminina das mulheres em ostracismo (A poesia mais romântica de Nietzsche)

És a mulher mais feminina

Cheia de ardor na graça feminina

Tu és a moça que saiu do ostracismo.

Formada a pérola de riqueza és Mulher

Criada em safiras brutas és Mulher

Estrela de um sonho és tudo és Mulher

Donzela de formosuras sóbria és Mulher.

Mulher que alegra o homem cansado

No teu andado onde nasce o sol

No teu modo de sorrir o luar.

Sombra dos oceanos dos deuses és Mulher

Esmeralda de verdidão sagrada és Mulher

Moça que conhece as delícias és Mulher

Ninfa do mel da acácia em plenitude és Mulher.

Fêmea que atrai as estrelas da paixão

Como uma flor em pleno delírio

Semente que germina a essência.

Alegria sem nenhuma falsidade és Mulher

Lírica flauta de som cantante és Mulher

Formosuras das graças em pérolas és Mulher

Débora de força judaica és guerreira és Mulher.

Moça que exulta minha bela tristeza

Entre poemas de uma sociedade livre

Onde toda escassez de fome sem ódio.

Coroa em Ouro és Mulher

Bracelete de coragem és Mulher

Jóia do fogo místico és Mulher

Lenda de feminilidade dos poemas és Mulher.

Moça tu nasceu em um mundo desonesto

Mas o teu amor encanta minha miséria

Ó dama que coroada és meu rendimento.

Vinica uva dos sabores és Mulher

Lírio dos anjos em plena luz do amor és Mulher

Tântrica sacra de Osíris em Dezembro és Mulher

Serpente do pecado de horfel és Mulher.

Princesa de uma região distante

Região essa que desconheço a pobreza

Pois a pobreza é não amar você.

Santa das rosas um oceano és Mulher

Mariana de fábulas em ônix és Mulher

Pérola negra que afasta o afã és Mulher

Liberal fêmea na cama do amor és Mulher.

Ó rosa que minha lamúria derrama lágrimas

Lágrimas que eu reguei o tempo

E esse tempo nasceu só você meu baluarte.

Eva de orvalho és Mulher

Hera de suavidade és Mulher

Afrodite de beleza européia és Mulher

Negra de tribos mitológicas és Mulher.

Mulher de fantasia do não simplório

Fêmea que o simplório é profundidade

E essa profundidade é a quimera deste apogeu.

Linda poesia que cala em óperas és Mulher

Pássaro de ouro e penas de sedas és Mulher

Angelical visão do amor do Norte és Mulher

Hipérbole de encantos aos sonhos és Mulher.

Tua graça é uma bomba atômica

Explode e cria nove mundos de apoteoses

E essas apoteoses é a perfeição de toda paz.

Rica em fragrâncias do mais perfeito boticário és Mulher

Flor de jardins proibidos és Mulher

Lenda da epopéia dantesca és Mulher

Bandeira de beleza em cores do paraíso és Mulher.

Ó luz que me renega o bem do amor ao pranto

Esse choro é minha alegria pois tu és rico orvalho

Brotando da alma em flâmula de formosura.

Senhora em roupas da chuva és Mulher

És a fada dos contos febris és Mulher

Vitória do amor em lindeza divina és Mulher

Beleza da guerra em último suspiro és Mulher.

Você é minha poesia que escrevo bobo

Sou vagabundo e só tenho as minhas humildes letras

E essas letras de pobreza é tudo que te dou.

És o não fim és Mulher

A letra primeira do nome de Deus és Mulher

A fantasia azul dos poemas és Mulher

És Mulher és Mulher.

Minha flor em letras do português cantado

Em música que a língua outrora venceu a guerra

Pois a guerra é falar em signos o amor brasileiro.

És a ventania do inverno és Mulher

És a tempestade és Mulher

És as rubras rosas és Mulher

És tulipas és Mulher.

Ó elixir que é minha ilusão

De graça que eclode pássaro de fogo

Ó lembrança de uma encarnação em fênix.

Liria de cordas afinadas és Mulher

Acorde das galáxias és Mulher

Alegria das danças és Mulher

Avante em guerras a batalhadora és Mulher.

Como não te amar mulher de fogo e pecado

De uma sociedade onde a fome é de amores

Como não morrer na frescura deste amor em farturas.

Anciã em formosuras és Mulher

Sábia em conhecimentos és Mulher

Pecado de pena venial és Mulher

Sacra donzela és Mulher.

Meu amor que excede o bem

Da língua brasileira toda bondade do teu ser meu soneto

Como eu te amo mulher portuguesa que me acode os sonhos.

Formosura dos corais és Mulher

Água de cristalinidade da vida és Mulher

Brisa do descanso és Mulher

Carvão que se transmuta diamantes és Mulher.

Mulher de doçuras as quimeras de epopéias

Donde a pobreza é um paraíso sem rancor e morte

Eu quero você! E é tão duro saber que na minha existência inexiste.

Pluma és Mulher

Orvalho és Mulher

Pecado és Mulher

Paz és Mulher.

Mulher deste coração sem nenhuma santidade

Santidade da fartura dos pães compartilhados

És a única mulher que venceu tamanho ostracismo desta terra.

Brancura das essências és Mulher

Vida das vidas sem vida és Mulher

Lágrima do amor a maior alegria és Mulher

Coração em fulgor és Mulher.

No meu coração perdido numa multidão

Sem saber onde encontrar a porta da felicidade

Quando tudo é derrota as portas mostram você me esperando.

Viola de encantos és Mulher

Harpa dos cultos és Mulher

Piano em afinada dádiva és Mulher

Deusa da proibida teologia és Mulher.

Desassossego que queima a consciência do mundo

Carregado exemplo que mostra a saída do amor perfeito

Pois a perfeição feminina é a verdade provada na dor.

Sexo dos anjos és Mulher

Amante perfeita és Mulher

Beijo das semideusas és Mulher

Ontem e hoje és Mulher.

O mulher que eu não sei que também és minhas batalhas

Mostra a morada do amor nessa guerra helênica e dantesca

E eu navegarei no fim sem mais um descanso com as nereidas.

Sereia és Mulher

Mito és Mulher

Lenda da criação és Mulher

Noutro tempo com luar és eterna és Mulher.

Meu amor nessas trevas de uma escuridão passada

De uma sociedade és feita a rosa da piedosa escravidão

Escravidão eu me agarro em ti e nas cadeias sou tuas paixões.

És a donzela és única és Mulher

Serpente de dez mil anos és Mulher

És pérola vermelha a mais rara és Mulher

És a história que verbalizou o amor és Mulher

Bondade em caridade cristã és Mulher

Adaga de fio o corte que purifica és Mulher

Caneta da escrita poética de Camões és a Ostra és a Mulher.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 18/09/2018
Reeditado em 18/09/2018
Código do texto: T6452725
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