Dois poemas
Poema do amor distante
Bela é a alta madrugada
Com sua abóbada enfeitada
Onde o poeta vagueia seu olhar
Espera uma estrela inusitada
Como o seio da bem-amada
A que se põe a sonhar
E no breu ele brinca
Canta em versos e pinta
Seu quadro de ilusão
E na distância infinita
Espera que ela sinta
O seu amor, a sua paixão
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Poema do amor dos sonhos
No leito que ela dorme
Há um anjo informe
Que inspira o seu sonhar
Traz da longínqua orbe
Uma etérea lista enorme
Ditadas por estrelas e o luar
Sua voz melodiosa e santa
Recita poemas que ele canta
Inunda de amor seu coração
A moça ainda mais se encanta
Sonha com o amor que acalanta
Deseja então acordar mais não
Cláudia Machado
Nota: publiquei os poemas juntos, para serem lidos em sequência. Pois um e outro são como um céu cravejado de estrelas ou como um anjo que dedilha sua harpa...