Amor e Paixão
Um dia conviverás,
com a minha imperfeição...
Que te direi então?
Ao interpelares meus gritos,
e deparares perdido,
com minhas mãos afoitas,
sedentas, suadas,
confusas, caladas,
largando pelos manuscritos,
tantas formas piegas,
de exalar romantismo,
para um amor inscrito,
no limiar do infinito,
onde finda a razão...
Que te direi enfim,
do meu ser inquieto,
prisioneiro no tempo...
Deste olhar latifúndio,
camponês, sem rebanho.
Deste sonho tamanho,
que esconde o desejo,
no beijo contido,
no abraço abrangente,
no calar consciente,
que responde suspiros,
e renasce murmúrios,
que resume os gemidos,
em amor e paixão...