Uma xícara de café

Para todo o cansaço do dia

Te sinto ainda no fogo e me trazes alegria.

Invade o meu íntimo e não me sinto constrangida.

Tomo e sei que amanhã quero de novo;

Não é vício, mas talvez uma necessidade.

Fujo do estresse e esqueço a realidade

Sei quando está bom, mas não sei se está quente.

Quando te olho, entendo que não foi melhor seguir em frente.

O que tem dentro de você ferve e adoça;

Às vezes é amargo e intenso.

Prefiro a intensidade, mas peço que não deixe de ser doce.

Penso e penso.

Na cor que me faz lembrar o horizonte a noite

No sabor que me apresenta o que ainda não conheci.

Seguro firme a tua alça, eu não quero desperdiçar uma gota sequer;

Não quero que esfrie, mas não tenho pressa que acabe.

Seja manhã, seja tarde ou seja noite;

Apareça e me aqueça de novo.

Se não for para aquecer, que seja para me salvar;

Talvez de um mundo onde não se toma café.

Você tem fé e eu também.

Mas se não tivermos café, qual seria a nossa função?

O que faríamos? Você teria coração?

Quem sabe um dia eu realmente esteja falando de café.

Porque agora não é nada mais além da emoção.

Keruja Literária
Enviado por Keruja Literária em 10/09/2018
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