DIVINA...
Tu és, quando "o astro rei" ainda no horizonte
não despontou, e a noite é escura, e tão fria;
(amada minha) para mim, a doce fonte
do meu calor...amada minha, és o meu dia!...
E quando chega (amada minha) o amanhecer
(e pela janela o lindo jardim, então, eu miro)
o doce perfume que do jardim, poderia ser,
é na verdade (amada minha) o teu suspiro!...
E quando a tarde chega (um doce instante!...)
E o azul do céu se torna, então, de rubra cor;
é para mim (amada minha) semelhante
o entardecer; a do teu rosto, o rubor!...
Quando "o astro rei" no horizonte, ainda não surgiu;
eu nem preciso esperar o amanhecer;
pois, com teu corpo, de um jeito meigo e tão sutil,
o meu envolves, num turbilhão de só "prazer"!...
Quando a luz do dia (amada minha) já está pronta
pra surgir no céu...de um jeito meigo, amoroso;
é para mim, "o astro rei" que enfim, aponta,
teu doce corpo a me envolver num doce gozo!...
Quando chega a tarde, como uma tela, uma pintura;
e o azul do céu, se transforma em cor de rosa;
esse doce momento é semelhante à gostosura
daquela coisa de encontro de corpos...tão gostosa!...
Pode até ser que assim falar; aos ouvidos do Criador
seja um pecado a forma então, que eu te defina...
...Peço perdão então, por ser assim tão pecador;
porém, pra mim (amada minha) ÉS DIVINA!...
(GERALDO COELHO ZACARIAS)