O AMOR É AMOR DE QUALQUER JEITO.
Eu ainda tenho a faculdade de vê-la, e toca-la, através dos meus sentidos em pesquisa, esse ambíguo modelo sem margens e sem solidez, essa camada mais superficial da realidade em sua nitidez, nessa tua pele cintilantemente lisa, e tão flexível quanto à seda em sua fixidez.
Vejo agora o teu corpo guarnecido com asas flexíveis em transmutação, nessa proporção indeterminável de um tempo precioso, a penetrar pela rachadura invisível desse teu corpo, todo delineado em perfeição, e com uma precisa renovação, é quando tento recolocar o meu coração, de volta ao seu momento numinoso.
É certo continuar expondo em evidencia, essa inocência compartilhada pela tua respiração ofegante em fluência, pois eu quero continuar a te redimensionar, de modo que eu possa te apreciar, motivado pelo Amor, seja em que termo for, para encontrar a tua essência, de um desejo ardente em ação, capitalizado de emoção, sempre em tua direção, que não vai alterar a minha realidade como teu dulcificador.
Sempre estarei no estado que conduz a te Amar em eufonia, e essa afirmativa sempre as descrevo através de uma poesia, e que essa formaria um verso interdependente, qual uma melodia rascunhada apaixonadamente, e transcendentemente circulante em energia. É como um conto a se compor, e que espera por uma razão para ser contado, baseado na sua fruição, na direção do ser amado, por um motivo inconfesso e pouco frequente, que mesmo o mais egoísta dos Amores é o mais expresso afluente do próprio Amor.