ENTRE A PROSA E A POESIA

“Entre a prosa e a poesia”

Às vezes sou como uma prosa bem escrita,

Outras vezes, fico louca,

Como a poesia que se solta

Da alma de um poeta.

Com emoção,

Inscrevo-me nos dias,

Planto-me no momento,

Nesta alternância da vida,

Nesta cadência semântica,

Ao sabor e ao ritmo de meu coração.

Ora vivo,

Tal como o tempo,

Quando ele nos agita,

Nos devora,

Nos atiça,

Nos desperdiça.

Ora, alastro o meu ser,

De um modo manso,

Que me abranda,

Que me agarra,

Que me amacia.

Num dia,

Sou serena como a água de um rio.

Noutro, sou tormenta e paixão.

Fogo, vento e mar bravio.

Nesta dualidade de me ter assim cativa,

Neste frenesim de meu viver,

Eu multiplico as esperanças,

Intento criar metáforas,

Que me ajudem a suprir,

Algumas de minhas falências ou desgraças.

Mas sei que amanhã quero acordar,

De alma renascida num poema,

Desta feita, registado por ti apenas,

Sobre a minha pele, Amor,

Com a pena bem segura por tua mão…

beatriz barroso

beatriz barroso
Enviado por beatriz barroso em 07/09/2018
Reeditado em 25/09/2018
Código do texto: T6442396
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