INCONDICIONAL
Quantas vezes fomos portas abertas sem conduzir a lugar algum,
Desprotegendo o amago da alma por nada, latindo para um surdo que não queria escutar,
Quantas vezes rasgamos a parede da alma,
Enquanto a pele gelada queria aconchego,
E desistíamos sem querer desistir,
Adormecíamos com medo de acordar depois de sonhar,
Era o apocalipse de um si mesmo,
Que previa um final na esperança de ressuscitar.
O fim, de uma tormenta com uma emenda,
Que está longe de ser uma gambiarra,
Devido a singela perfeição,
Ele entrando pela porta escancarada,
Construindo uma livre prisão,
De quem pode voar, mas decide aninhar,
De quem pode esquecer, mas decide ficar,
Que por apenas existir, faz um mundo particular mais feliz.
Venta como brisa que canta e cicatriza,
Beija com a carícia que encanta e hipnotiza,
Fazendo de um abraço um lugar seguro,
Sendo a luz de um mundo que era obscuro,
Sinta na pele o que minha boca não sabe falar,
Veja em meus olhos uma explicação bem simples do que é o amar,
Fique comigo na cama enquanto anoitece e meu coração fará carnaval,
E eu dentro de cada suspiro entregarei esse amor incondicional.