Devassidão...

Distante onde não te atém...

Nessa displicência, sem disciplina, volátil...

Reprime tudo. Adejo, à sua vontade.

Sem peleja, sem a necessidade que convém...

Não poupas não torna fácil...

Porque desfaz cada laço, cada verdade...

Deixando impotente cada alento...

E o dia a dia frequenta o seu desalento...

Tuas palavras, tuas lutas são contra o vento...

E assim nada produz, e a sua frente,

Não se manifesta a beleza. Em sua mente,

Não vê a luz que abre novos horizontes...

E assim nunca beberá da água pura da fonte...

É uma sina que só recrimina,

Onde a alma não se sente bem...

Porque tantas dissidências?

Turvando cada caminho...

Se perdendo no seu destino...

Porque não apreende com a vida...

Ainda não vê

Que tudo tem um peso,

Uma medida... quanto ainda terá de sofrer,

Para ver escutar o seu coração.

Sinto muito te perder na tua ilusão,

E que não serei eu, pois nem o meu amor

Não te liberou

Dessa devassidão...

Cláudio Domingos Borges