Marina
Marina , luz da vida
Fonte do amor que me ensina
Me inspira
Te escrevo este poema como forma de agradecimento
Por ter a beleza que esquenta o vento
Dá a órbita ao mundo , um lugar necessário
Marina , mulher com rosto de menina
Leio suas pernas , seus braços , seu corpo
Como um segredo de meu querido diário
Beijo a sua boca com o brilho efervescente da loucura
Cumprimento suas mãos finas , delicadas , leves como nuvens , aroma cor de neve
Com um beijo entre seus dedos que desfilam em suas unhas cor de sangue , rosas envenenadas em um esmalte
Seu corpo baila como moça
No silêncio musical da noite
Entre seu corpo , o vento , aquecido em seu perfume como um amante
Entre suas pernas , o ar , beijando seus pêlos sem levantar o seu vestido , desfitando os lábios calmamente , como saboreando um champagne escondido do povo , um prazer de poucos
Depois de beijar sua boca e sua mão , acordo deste sonho , e te tenho em meus olhos , parada
Com um brilho sem brilho , brilhando apenas a maquiagem no rosto pálido
Como uma deusa dos céus
Seus olhos nos meus , meus olhos nos seus , em uma grande distância
Seu cabelo ilumina a noite , apagada na escuridão do silêncio , no ronco morto dos pássaros
E seus olhos dançam nos meus
E a ópera deste espetáculo é a dor de meu desejo cortante , de lhe ver e não lhe tocar