O LADO SINGELO DA MINHA METADE.

Aprendi a viajar na luz da lua, ficar imaginativo e mais perto do sol, sem explodir em uma vaidade que se preluz tão nua. Então, eu sigo tentando proteger o meu quebra cabeças feito um lençol, já um vazio e sem luz de palavras avessas e incompreensíveis, em todo o sentido afim, das vontades intraduzíveis, onde as lembranças ainda continuam em conexão, excluídas da escuridão, e dos motivos amplificados dentro de mim.

Assim, estou sempre no paralelo da realidade, vivendo no outro lado singelo da minha metade, com um espelho a minha volta a me contornar, onde vejo a verdade que tento coligir, em algum lugar do teu olhar, que eu ainda continuo a existir, e esse espaço que ficou a refletir dentro do teu coração, que são como dois reflexos em uma só ligação, até se amainar, com todas essas ondas em sintonia, e todos os ventos mentais que me recarregam de harmonia.

Procuro sempre refinar os meus sentimentos com a expressividade, que eu o fomento em mil movimentos, só para elevar os meus feéricos pensamentos, e que também me alimento das ideias, visões e possibilidades. Eu sei que sou icástico em meu estado de inspiração, quando sou parte dessa concentração, da inteligência mental invisível onde é absorvida, e criada pela luz, que vem frangir os meus propósitos de não me tornar insóbrio, e apenas me abster dos pedaços tirados e largados, dos relacionamentos passados, pois muito menos eu vou me enclausurar numa montanha ermida, e viver eternamente em um cenóbio.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 04/09/2018
Código do texto: T6438950
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