Eu sofro, meu amor, quando te vejo,

Eu sofro, meu amor, quando te vejo,

pois toda a eternidade é um lampejo

quando estou ao teu lado.

Sofro de querer mais do que suporto

e de possuir mais do que comporto,

como um peixe afogado.

Sofro, meu amor, visto que és sagrada

e sou fiel de reza improvisada,

não tenho o teu valor

dourado a que nem mesmo um anjo limpo

com ascendência azul do antigo Olimpo

vê sem gritar de dor.

Um homem de aparência insuportável

e de comportamento intolerável

que merece despeito

queima-se ao ter a fada delicada

que para amar jamais está cansada

beijando-o no seu peito.

Porém, se sofro, sofro da alegria

de quem recebe em casa uma rainha

da mais alta nobreza!

Como é boa a vergonha de ser rico

pensando que me encontro aqui contigo,

diante da grandeza...

Sorrio, meu amor, quando te vejo,

entregando-te o corpo, a vida, o beijo,

sortudo e abençoado!

Por mais que não mereça teu respeito,

eu me agarro a esse sonho tão perfeito

de ser feliz, amado!

Não sei por que razão tive essa chance,

mas juro fazer tudo ao meu alcance,

querendo contentar-te.

Viverei em razão do teu sorriso,

ser teu melhor amigo e teu marido

porque te amar é arte...

31/8/2018

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 01/09/2018
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