Os nossos corações

Não há pegadas

Nem marcas nas paredes.

O mato tomou conta do quintal.

O telhado foi ao chão.

E as vidraças?

Estão quebradas.

Ali viveu uma grande Família.

Os Pais conscientes criaram os seus filhos

Na disciplina do Amor de Deus.

Que apresenta rumo certo, mas precisa de correções quase que diárias.

E eles viram o filhos sozinhos irem ao mundo, mas protegidos por Deus.

O Amor ali sempre existiu.

Estava em todos os cômodos

Desde a cozinha onde todos se reuniam

Onde liam a Bíblia antes de almoçar

Agradecendo pela comida, pela paz, pela saúde

Por Jesus Cristo à Deus.

Os quartos onde cada qual descansava planejando o amanhã.

E o quintal florido, onde o Rex latia e a todos divertia.

Hoje não há mais vida naquele endereço.

As materialidades ficam por um tempo.

Depois viram placa de vende-se ou vão ao chão.

Os encontros dos membros da Família hoje se tornaram casuais.

Mas aquele Amor forte e rigoroso, veio conosco.

Está presente nas menores às maiores decisões.

E o mundo, tão voraz pelas boas almas

Faz com que nós nos abriguemos muitas e muitas vezes

Sob o escudo que são aquelas palavras

Ditadas à mesa

Sempre, Sempre

Renovadas, do Senhor.

Talvez, também

Porque nós sentimos falta daquele antigo e protetor ambiente.

Onde o apoio de todos os familiares fortalecia um órgão vital para bater (enquanto) o resto das nossas vidas: Os nossos corações!.

Robertson
Enviado por Robertson em 31/08/2018
Reeditado em 31/08/2018
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