Quando a boca cala

No silêncio a alma confessa

Quando a boca cala

O olhar não tem pressa

Quando a boca cala

Os gestos falam sem promessa

Quando a boca cala

Tudo no direito de ir e vir, quando se quer ficar

Onde o que importa é acolher, é abrigar

Sem a ditadura de querer mandar

A emoção encontrada clama

Quando a boca cala

A paixão partilhada chama

Quando a boca cala

O desejo lado a lado é poesia

Quando o corpo é harmonia

Ai mesmo quando a boca cala

O amor fala!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

15/04/2013, 05’30” - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/08/2018
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6434663
Classificação de conteúdo: seguro