Dependente

Como um andarilho perdido no tempo

a imensidão amedrontadora da vida

que baqueia, eterno sentimento de dívida

procurando inconscientemente seu olhar

Buscando a linha que nos conecta

entre abismos e fissuras

vivendo, sofrendo e lutando

após tantas amarguras

fiz de você minha cura

Pois me fez sorrir e sonhar

sob as estrelas e a nebulosa de seus olhos

sob esse céu que hoje é mais claro

amar sem cautelas, amor que é tão raro

Minha ode simplória não faz jus

sequer meu ciúme, minhas juras

meu desejo, minhas loucuras

a possessão do meu amor

E possessivo assim me faço criminoso

mantendo em cárcere tão rara sinceridade,

transparente

por um desejo luxurioso

a pureza fervente de um amor profano

queimando feito brasa, fogo insano

Mas se te peço a eternidade

é por ser de seu sorriso dependente

a dose diária que me faz seguir em frente

desejando trilhar o caminho correto

que me leve por quaisquer obstáculos ao meu lar

que é teus braços e teu jeito de me amar

Léo Alves
Enviado por Léo Alves em 29/08/2018
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