Scherzo.

Porque pensa que sou poesia

Sorte, no pranto despedaçado

Amanhecido, falecido, peçonhento

Despindo o corpo há tantas flores!

O meu perfume alegra pudores

Expondo a safadeza dum demônio

Assim tão de repente e esculpido

Incrível, sobre as gotas do carvalho!

Na fantasia áurea sou loba

Purgando orgasmos na pandora

Tornando a petra mais alagante!

Num véu detém o lascivo amor

E num leito se abre no scherzo

Entregando o tesão ao pesadelo!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 27/08/2018
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