UMA GRANDE PROCURA

Vigiando todas as peles

Tento te vê, mas não é você.

Examino os cheiros

Procurando por ti

Perfumes faceiros

Não são os teus.

Rastreio-te nas praças

Nas misturas das raças

E lá não estás.

Não desisto eu insisto

Um dia te acho

E assim eu despacho

Essa desilusão.

Em lugares imensos

Eu destruo os meus lenços,

Mas não desisto de ti.

Procurar-te-ei nos espaços

Para tê-la em meus braços

Eternamente.

Não sei se são verdes

Se azuis os seus olhos.

Sendo de pele morena

Ou da brancura da paz,

Mas não serei certamente incapaz

De não reconhecê-la.

Procurando-te anos “a fio”

No prazeroso desafio

Aprendi a te amar.

Posso até não encontrar,

Mas amarei a tarefa

De te procurar.

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 27/08/2018
Código do texto: T6431724
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