UMA GRANDE PROCURA
Vigiando todas as peles
Tento te vê, mas não é você.
Examino os cheiros
Procurando por ti
Perfumes faceiros
Não são os teus.
Rastreio-te nas praças
Nas misturas das raças
E lá não estás.
Não desisto eu insisto
Um dia te acho
E assim eu despacho
Essa desilusão.
Em lugares imensos
Eu destruo os meus lenços,
Mas não desisto de ti.
Procurar-te-ei nos espaços
Para tê-la em meus braços
Eternamente.
Não sei se são verdes
Se azuis os seus olhos.
Sendo de pele morena
Ou da brancura da paz,
Mas não serei certamente incapaz
De não reconhecê-la.
Procurando-te anos “a fio”
No prazeroso desafio
Aprendi a te amar.
Posso até não encontrar,
Mas amarei a tarefa
De te procurar.