ela se chama saudade

afundo-me no colchão dia e noite
e os passos dela queimam o chão.
deita-se ao meu lado,
desliza adentro das cobertas
com olhar tímido,
as palavras lutam
para sair de sua garganta
e eu a beijo por fim.

tão triste, que me encara
quando abro os olhos.
vazia, assim igual a mim
perambulando pelos corredores
de nossa casa, de nosso bairro,
das palavras que trocamos,
das pessoas que entramos.

basta sorrir antes de dormir
para um sonho confortável
de acordar sem sua presença
por alguns segundos.
Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 26/08/2018
Reeditado em 26/08/2018
Código do texto: T6430867
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