eu não chamo isso de arte
o conforto das palavras
é o que me abraça nessas
noites de sexta; nessas
madrugadas de sábado.
ainda não encontrei motivo para
acabar com a autodestruição,
e pode ser que não exista.
assim igual o tempo, aquele o qual
me recuso a falar,
me recuso a cumprimentar,
ele passa despercebido a cada tragada
que dou, ele passa despercebido a cada
olhar que me enterra com a certeza
do desastre que ele carrega.
nós contamos nos dedos
quantas ondas o mar dá, e meus pés
estão enterrados na areia.
vejo a multidão à minha frente,
cada indivíduo maltratado
em sua única forma,
em seu único ser.
o "então" é sublime, fora de nosso alcance
e ao mesmo tempo em nossas mãos.
se ele disser a verdade, pode ser que
a vida perca sua graça,
porque ninguém nunca
falou
a respeito de facilidade.
mas aqui está o tempo,
parado e se movendo
destruindo e existindo
construindo
e
desse jeito
as palavras se formam
e terminam
com o seu ofegante
brilho.
o conforto das palavras
é o que me abraça nessas
noites de sexta; nessas
madrugadas de sábado.
ainda não encontrei motivo para
acabar com a autodestruição,
e pode ser que não exista.
assim igual o tempo, aquele o qual
me recuso a falar,
me recuso a cumprimentar,
ele passa despercebido a cada tragada
que dou, ele passa despercebido a cada
olhar que me enterra com a certeza
do desastre que ele carrega.
nós contamos nos dedos
quantas ondas o mar dá, e meus pés
estão enterrados na areia.
vejo a multidão à minha frente,
cada indivíduo maltratado
em sua única forma,
em seu único ser.
o "então" é sublime, fora de nosso alcance
e ao mesmo tempo em nossas mãos.
se ele disser a verdade, pode ser que
a vida perca sua graça,
porque ninguém nunca
falou
a respeito de facilidade.
mas aqui está o tempo,
parado e se movendo
destruindo e existindo
construindo
e
desse jeito
as palavras se formam
e terminam
com o seu ofegante
brilho.