UM RESUMO DO NOSSO AMOR.

O meu coração hoje está sob intenso cuidado, um tanto dividido, partido, e até dilacerado, e eu tento encontrar uma maneira de curar a minha alma, atravessar os oceanos dos meus sonhos vagos, e tentar com calma, mesmo suprimido, me livrar de todos estes estragos, e dos segredos que estão em custódia nesse sofrimento exacerbado, e que me acorrenta aos meus medos que hoje estão escondidos.

Procuro sorrateiramente me afastar da dor, desviando-me de todos os caminhos obstruídos dos quais eu tentei transpor, que até temo abrir os meus olhos para a luz e de repente encontrar o teu paraíso de Amor. Essa é a minha maneira de sonhar, tentando compensar, tudo aquilo que for preciso, só para me abster do impreciso.

E em todos estes meus pedaços de pesadelos que ficam me importunando, mas, que nunca o encontro, mesmo procurando. E todo o significado de uma pseudo perda, suporta a ideia da ponte que tenho e que teimo em queimar, fingindo que tudo vai ficar bem, esteja em qualquer lugar, mesmo com o mundo caindo sobre os meus pés, desde que seja um viés, para que a minha alma seja lavada, porem que me deixe continuar a caminhar por toda essa estrada.

Já perdi o sentido do tempo e de todas as estações, e só vejo que há milhares de linhas escritas na minha mente, embutidas de razões. E agora o meu coração tropeça em coisas que provavelmente eu não as conheço, agora que nem mesmo consigo achar uma rima para as minhas canções. E eu vou começar bem do começo, a viver a minha fantasia, e indevidamente me aquiesço, e esqueço todos os meus pedaços que eu deixei nesta poesia.

Não que seja difícil confrontar uma ilusão, quando se vive com uma memória em confusão. Não quero um Amor que venha até aqui, e que depois tenha que partir, apesar eu não possa agora esperar o dia nem a hora, embora eu tenha que mostrar o espaço que existe entre o teu coração e o meu, pois, não há nenhuma maneira que eu possa disfarçar tudo o que ele já sofreu, e do todo o que eu ainda preciso. É uma resolução de felicidade em um sorriso, a execução de amargura, na verdade, pois é o que tem se apresentado já um tanto obscura.

Agora me basta apenas uma pequena ação, uma minúscula faísca de emoção, para que possa haver uma reação em cadeia, pois a nuvem de poeira se assentou na areia, e os meus olhos estão claros agora que até selou o meu destino. E eu sei que todas as minhas respostas estão no ar cristalino, e em toda criação, que se arrimou no interior do meu coração, agora purificado e enfaixado, e logo eu vou poder colocar dentro dele as palavras do que eu agora assinto, e que hoje eu brado com o meu instinto, este meu segredo que jamais deveria ter sido revelado.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 24/08/2018
Código do texto: T6428384
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