Olho pra mim
Fico a procurar-me
Em buscas que não encontro
Perdido num labirinto de sentimentos
Num oceano sem leme
Num céu aberto para o infinito
Totalmente anestesiado
Cativo num mentiroso passado
Em conflitos com as emoções
Confuso nas ilusões
Com o coração despedaçado
Sem enxergar o brilho das estrelas
Num frio que estreita a alma
Em ventos fortes que não se acalma
Vejo-me desfigurado
Com sentimentos em frangalhos
Caindo sempre em ciladas
Que vivem sendo armadas
Pelas dores, pelo vazio
Pelo buraco negro
Que nele mergulhei.