MÁSCARA DO ABANDONO
Creio que minhas esperanças estão debruçadas
nas asas de um passado distante,
com ele, todos os meus ideiais
e, de minha vida,
a totalidade da essência do amor.
Os dias são vagarosos quase parando,
penarosos no decorrer de suas horas,
já não sei mais me esconder do
nunca fiz e, agora,
vivo neste banimento,
disfarçado com a máscara do abandono.
Receio que meu ser morrerá de tristeza,
quando souber que meus sonhos
foram todos reprimidos.
Pranteado desalento,
triste afetivamente, entregue
por um amor inculto,
impondo lembranças e choramingos,
na calada da noite,
como ondas buliçosas sutilmente doadas
por que não conhece a dimensão
de um cândido sentimento.