O QUE ME ALIMENTA
Quando não te escondes
Quando sorri encantador
Me provoca profundo êxtase
Não controlo e já nem quero
Não é de hoje que me entrego
Ao desejo de te querer
Quando bate a minha porta
Teu olhar é tudo que vejo
Novamente meu desejo
É alimento que me fortalece
Nesta pseudo vida sombria
Quando toca em minha mão
Meu gelado coração
Não me poupa da nostalgia
Te quando me perseguias
Num jogo de sedução
Quando então vai me beijar
Minha boca irrigada
Do prazer que mais espero
Acredita que o alimento
Vem dá fartura de teus lábios
Mas o sol enciumado
Desce logo apressado
E a noite que me convém
Se despede com desdém
E o caixão que estava vazio
Abriga meu corpo frio