O QUE ME ALIMENTA

Quando não te escondes

Quando sorri encantador

Me provoca profundo êxtase

Não controlo e já nem quero

Não é de hoje que me entrego

Ao desejo de te querer

Quando bate a minha porta

Teu olhar é tudo que vejo

Novamente meu desejo

É alimento que me fortalece

Nesta pseudo vida sombria

Quando toca em minha mão

Meu gelado coração

Não me poupa da nostalgia

Te quando me perseguias

Num jogo de sedução

Quando então vai me beijar

Minha boca irrigada

Do prazer que mais espero

Acredita que o alimento

Vem dá fartura de teus lábios

Mas o sol enciumado

Desce logo apressado

E a noite que me convém

Se despede com desdém

E o caixão que estava vazio

Abriga meu corpo frio

Paulo Roberto Fernandes
Enviado por Paulo Roberto Fernandes em 21/08/2018
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