REPETIÇÕES

Você olhou novamente a procura dos meus versos,

A expectativa era a mesma, mas os impactos seriam diferentes;

Eu mirei outra vez teus olhos enquanto os lia,

eles sorriam novamente.

Sou o mesmo autor,

sigo o mesmo estilo;

mas novos são teus olhares a me receberem.

Chego igual, termino por ti renovado.

Lembramo-nos do primeiro poema debaixo desta árvore,

voltamos ao mesmo ambiente,

o cenário porém, está renovado:

as folhas são novas, a água do rio a frente se renova a cada instante;

assim como nossos sentimentos,

às mesmas provocações

permitem nos mesmos ares, um ilimitado novo concomitante.

Novamente despertamos afetos,

os mesmo toques, elogios repetidos;

desencadeiam uma paixão nova e avassaladora.

Ah, como é gostoso amar, repetidamente esta pessoa!

Que nas novidades da vida,

mantém minha sorte duradoura:

de reencontrá-la sempre a mesma,

mas surpreendentemente nova;

que conquistou-me de uma vez,

mas reconquista todo dia.

Não porque pode me perder;

mas porque eu nunca a perderia.