Risco de Amar
Se o Amor
Em sua faculdade não ideal
É uma Quimera.
Ora sorriso, ora mortal
O que me resta?
Diante da pequenez do homem
Diante do pobre horizonte da vida
Angustiado pelas escolhas do coração
Amar ou não-Amar (calar)?
Não amar é para os mudos
Para outros, andar sempre em brasas
Gritar, gemer e grumir o constante medo
Seja por solidão, seja por dessentido
Toda pluralidade jaz sepultada.
Prefiro, aqui
Caminhar em plena dor
E, vez ou outra, sonhar!
Escolho a breve ilusão
Do talvez (em tempos)
Da esperança insana.
Prefiro o risco de viver
Que não Amar por frio ou medo
Entre os futuros desse presente.