Dias
Dias...
É, um dia tudo passa,
Tudo sempre é nada.
E nas saudades fica,
A poesia oculta, ela grita.
Grave o som dos passarinhos,
Ouça o leve sopro dos ventos,
Veja a luz nas tempestades.
Sim, e na força, no poder,
No sol que banha a terra,
Sou o grão d'areia,
A gota do sereno da manhã.
Amanhã serei o pó.
Hoje sou o dó musical.
Sou a clave, o início,
Vejo-me nas palavras,
Lavras que eclodem no vulcão.
Ah! Dias incertos.
Inerte inda que possa,
Ando em labirintos.
Vejo-me buscando os laços de fita.
E assim digo: -Sou liberdade!
Vivo o meu tempo com a idade.
Idade de querer por querer.
Idade de simplesmente "ser"
Sou o dia que acontece.
Sou a dor que adoece,
Sou aquela que o dia enaltece.
Negra noite, uma lua carente.
Estrelas onde o brilho é especial.
Afago-te como a luz do sol.
Canto a alegria e a dor.
Perfume da Flor.
E meus poemas...
Eles falam d'amor!!!
Marilu Fagundes