UM DIA FELIZ
Ouço o som do vento abrindo a porta,
Então abro as vendas das minhas lembranças,
Recordo do tempo que o vento não me tocava,
Pois dentro de minha casa eu me trancava.
Sinto o arrepio na pele quando o sol delicadamente queima,
Como quando a palma de sua mão me segura,
Permitindo que com força a alma trema,
Não mais de temores e nem paúra.
Então o que são todas as horas,
Invenção dessa gente,
Ontem o amor era somente histórias,
E hoje é o que se sente.
É o vento bagunçando meus cabelos,
Enquanto essa casa com seguras paredes,
Fala de você para mim,
Sou um prisioneiro de um amor sem fim.
Parece que isso é como um número primo e seus dois exatos divisores,
Não há dificuldade em se entender tampouco em se calcular,
Mas o amor não ciência exata,
É humana, é poema, é sentir, é tocar.
Ouço o som do vento abrindo a porta,
Então abro as vendas para lembrar,
E me recordo de um dia feliz,
Que deixei o amor me habitar.